Quando falamos em soluções inovadoras o que vem em mente, hoje, são sempre soluções voltadas a tecnologia. Porém, nem sempre inovação era diretamente ligada a tecnologias.
Pense na Idade Média, certamente você já leu alguma coisa sobre como eram feitos os atendimentos médicos naquela época e o quanto eram ligados a espiritualidade, sem técnicas realmente eficazes, que deixava pacientes a mercê da sorte. Mas cada técnica nova, pensada e aplicada era tida como uma solução inovadora.
Mesmo com poucos estudos desenvolvidos, a busca por cura de doenças, melhoria da qualidade de vida de pessoas enfermas, e os esforços para garantir a sobrevivência fizeram com que hoje tenhamos tantas técnicas, medicamentos e conhecimento sobre a saúde humana.
Desde a criação do primeiro computador o ENIAC em meados de 1943 e o advento da internet em meados dos anos 80, o desenvolvimento tecnológico tem acontecido em uma velocidade incrível. Não há hoje um setor que não usufrua de tecnologias derivadas desse processo. E em tempos de inovação tecnológica constante a área da saúde não fica de fora. Nas últimas décadas temos presenciado um processo de evolução tecnológica sem precedentes nesse setor.
É uma realidade que o padrão de processamento de dados, principalmente nas funções administrativas mais comuns como RH, folhas de pagamento, sistemas de contabilidade entre outros, já estão mais que integrados às tecnologias. Além disso, dentro de hospitais, clínicas e demais instituições de saúde, o desenvolvimento tecnológico em função da melhoria do cuidado ao paciente também tem crescido muito. Os sistemas de informação estão sendo amplamente usados no apoio à saúde da população e nas atividades de saúde pública.
Os custos da inovação
Ao contrário do que algumas pessoas pensam a inovação tecnológica, seja na área da saúde ou em qualquer outra, deve ser vista como investimento e não como despesa. Isso porque a busca por inovação tem que, por obrigação, vir aliada a processos facilitadores em todos os sentidos. E em relação ao financeiro também não seria diferente.
No caso de hospitais a busca por redução de custos e aumento da eficiência deve ser constante e ainda vir combinada à questão de sobrevivência. Porém, acima de tudo, deve se haver um planejamento para que não haja desperdícios.
“A situação do sistema da saúde brasileiro exige cuidados especiais. Com o crescimento dos gastos em saúde, resultado da adoção de alta tecnologia para diagnóstico, e o alto índice de desperdício, o segmento enfrenta dificuldades para equilibrar as contas.” – Contreras Pinochet
Tanto na rede pública de saúde, quanto na rede privada, é evidente a necessidade de se desenvolver e investir em novas tecnologias capazes de aumentar o controle de gestão e qualidade na assistência médica prestada.
Atualmente existem inúmeros métodos e tecnologias, como softwares de informatização e gestão, aplicáveis a esse gerenciamento hospitalar, porém infelizmente há enorme complexidade, alto custo e dificuldades quanto a implementação. Com isso, se faz necessário um posicionamento estratégico, além de pesquisas constantes sobre quem oferece o melhor serviço e que tenha custo-benefício que condiz com a realidade de cada instituição de saúde.
A partir disso, iremos no decorrer deste post apresentar e discutir novas tendências tecnológicas emergentes que vêm carregadas de benefícios diretos e indiretos quanto ao gerenciamento hospitalar.
Tecnologias voltadas à área hospitalar
Como já dissemos antes, tecnologias voltadas a área hospitalar vem crescendo muito nos últimos anos e vamos te mostrar algumas delas agora.
Armazenamento em nuvem
Quem está envolvido no meio hospitalar sabe a quantidade de dados, documentos e informações que devem ser armazenadas por longos períodos é enorme.
A alternativa que mais tem sido adotada nos últimos anos é o armazenamento em nuvem. Um levantamento realizado pela Frost & Sullivan indica que cerca de 47% das instituições de saúde pretendem migrar para o armazenamento em nuvem, afim de tornar o armazenamento mais prático e seguro, sem ocupar grandes espaços físicos.
Outro ponto é que esse tipo de armazenamento de dados implicam, mesmo que indiretamente, no bem estar e na qualidade do atendimento ao paciente.
Prontuário eletrônico
Como já sabemos, o número de pacientes é crescente, ainda mais que a população mundial cresce a níveis estrondosos. Com isso manter prontuários atualizados e de fácil acesso é uma tarefa muito importante para melhoria da gestão de hospitais.
O prontuário do paciente é ponto focal de atenção média em todas as organizações de saúde. Nesse registro temos dados que implicam na identificação do paciente, tudo que seja relevante para seu quadro clínico. Ou seja, são dados indispensáveis para comunicação entre profissionais da saúde e pacientes.
O uso de aplicativos e softwares para guardar e acessar esses prontuários aumentam a produtividade da equipe, permitindo aos médicos o acompanhamento remoto das internações.
Certificados digitais
A segurança em relação às certificações de procedimentos de manutenção preventiva, calibração e outros processos relacionados aos equipamentos médico-hospitalares, é um fator que conta muito no momento de decidir implantar a digitalização e automação desses processos.
Garantir a autenticidade, confiabilidade e legalidade dessa documentação é uma preocupação constante. A certificação digital permite que relatórios de calibração e preventivas possam ser assinados eletronicamente, garantindo a autenticidade da documentação.
A adaptação às certificações digitais tanto para uso administrativo quanto para uso operacional tornam-se recomendadas uma vez que entidades acreditadoras como a ONA (Organização Nacional de Acreditação) exigem uma gestão apurada em seus processos, para considerar as instituições de saúde como excelentes em qualidade.
Automatização da manutenção de equipamentos médicos
Com o avanço tecnológico dos equipamentos é natural a necessidade de se avançar quanto aos métodos de manutenção. Alguns softwares de gestão e automação de manutenção de equipamentos médicos já estão avançados a ponto de integrarem abertura de chamados técnicos, auxílio aos técnicos quanto aos padrões de cada equipamento, emissão de certificados e relatórios digitais, fechamento de chamados, controle do parque tecnológico e mais.
Ou seja, todo esse processo, sendo automatizado, gera maior rastreabilidade, segurança e agilidade, garantindo que nenhum ponto importante passe por despercebido.
Além dessas tecnologias, muitas outras já estão sendo desenvolvidas e aplicadas nos diferentes setores dentro da área médica-hospitalar. Todas com o objetivo principal de otimização tanto dos processos administrativos, quanto operacionais e de atendimento ao cliente.
Porém, mesmo que a grande maioria dos avanços tenham por objetivo principal a melhorias dos processos é de extrema importância que gestores de cada setor dentro de instituições de saúde busquem tecnologias que realmente se encaixem às suas necessidades e façam planejamento para que tal investimento não se torne desperdício.
Espero tê-lo ajudado com essas informações. E não se esqueça, as tecnologias estão em constante evolução e essa evolução ocorre sempre com o objetivo de facilitar o dia a dia das pessoas, portanto são sempre aliadas e devem ser vistas como investimento para o seu hospital.
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